O sucesso da Infra Week, que leiloou 28 ativos, entre os quais 22 aeroportos, animou o ministério da Infraestrutura para os futuros leilões que devem ocorrer entre o 2º semestre de 2021 e o 1º semestre de 2022. Mais 50 ativos serão concedidos à iniciativa privada e neles estarão as chamadas “joias da coroa”. São a rodovia Presidente Dutra, principal ligação entre São Paulo-SP e Rio de Janeiro-RJ, e os aeroportos de Congonhas, na capital paulista, e Santos Dumont, na capital fluminense. Também irão a leilão as BRs 153 e 163, os portos do Espírito Santo e novos terminais do porto de Santos, além de outros 14 aeroportos.
O governo tem a expectativa de arrecadar mais 84 bilhões de reais com essas concessões. Em 2 anos, já foram leiloados 41 ativos e contratados 44 bilhões de reais em investimentos e mais 13 bilhões de reais de outorga. Quando todas as concessões planejadas estiverem concluídas, o Palácio do Planalto projeta retorno de 250 bilhões de reais em investimentos na infraestrutura. “Estamos procurando seguir o que estabelecemos desde o 1º dia de governo“, diz o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, sobre o projeto de transferir grande volume de ativos para a iniciativa privada.
O presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), Venilton Tadini, avalia que o governo tem feito “golaços” com os leilões. “O resultado desses leilões mostra que o Brasil continua estruturando bons projetos com racionalidade econômica, capazes de atrair o interesse de investidores com foco no longo prazo. Mas o impacto positivo desses projetos na economia vai levar um tempo até as empresas assinarem os contratos e depois começarem a captar os recursos para os investimentos”, afirma. O setor econômico especializado em infraestrutura estima que os efeitos das recentes concessões só serão percebidos em 2022.