Inflação da construção civil é a maior em 28 anos

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou alta de 2,17% em maio, um aumento de 0,96 ponto percentual (p.p.) em relação a abril (1,21%), registrando a maior taxa desde junho de 2021. Dessa forma, o acumulado no ano é de 5,77%. Nos últimos 12 meses, a alta é de 15,44%, pouco acima dos 15,00% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. Em maio do ano passado, o índice foi de 1,78%.

O custo nacional da construção (por metro quadrado) passou de R$ 1.567,76 em abril para R$ 1.601,76 em maio, sendo R$ 962,98 relativos aos materiais e R$ 638,78 à mão de obra. “A taxa de maio foi influenciada pelas altas nos materiais e pelos diversos acordos coletivos firmados no mês”, explica Augusto Oliveira, gerente do Sinapi.

A parcela dos materiais continua a trajetória de alta. Em maio, subiu 1,96% (ou 0,10 ponto percentual), apresentando a maior variação desde agosto de 2021. Na comparação com o índice do ano anterior (2,66%), houve queda de 0,70 p.p..

Já na parcela que diz respeito à mão de obra da construção, os vários acordos coletivos firmados no mês pressionaram para a o resultado de 2,49%, uma alta de 2,25 p.p. em relação a abril (0,24%). Também houve aumento no comparativo anual, crescendo 1,91 p.p. em relação a maio de 2021 (0,58%). “Essa recomposição salarial atinge todos as categorias profissionais, tanto os que ganham o piso, quanto os que ganham acima, impactando no índice”, justifica o gerente da pesquisa.

No acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, materiais registram 5,82% e mão de obra, 5,69%. Já no quadro do acumulado dos últimos 12 meses, o resultado foi 18,89% (materiais) e 10,59% (mão de obra).

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