A atual safra de cana-de-açúcar de 2024/25 no Brasil e na Índia apresenta expectativas mistas, influenciadas por condições climáticas adversas, o que pode ter impactos nos preços internacionais do açúcar.
No Brasil, apesar de uma previsão de queda de 3,8% na produção de cana devido à seca e altas temperaturas, a produção de açúcar deve atingir um recorde de 46,29 milhões de toneladas. O foco maior na produção de açúcar em detrimento do etanol tem sido impulsionado pelos preços favoráveis do mercado global. No entanto, a menor disponibilidade de cana para moagem pode limitar esse crescimento no longo prazo.
Na Índia, há uma expectativa de aumento na produção de açúcar em 2024/25, com uma estimativa de 34,5 milhões de toneladas. Isso se deve a melhores rendimentos agrícolas após um período de recuperação das safras afetadas por questões climáticas. No entanto, o governo indiano pode continuar restringindo as exportações para garantir o abastecimento interno, o que poderia reduzir a oferta global.
Essas dinâmicas, juntamente com a diminuição de estoques globais de açúcar, sugerem uma possível elevação nos preços internacionais. O cenário climático continua sendo uma variável-chave, com secas e condições de La Niña potencialmente afetando a produtividade tanto no Brasil quanto em outros países produtores.
As projeções indicam que não haverá uma escassez global imediata de açúcar, mas os preços podem se manter elevados devido à menor produção no Brasil e restrições às exportações indianas. Isso pode resultar em um mercado global mais pressionado, com impactos tanto no consumo quanto nos preços finais.
