Robótica invade galpões logísticos da Amazon

A nova máquina que pode pegar coisas, colocá-las no chão e movê-las trabalha ao lado de pessoas sem risco de feri-las. O robô Proteus: substituindo humanos em trabalhos pesados

Com os indicadores apontando que o e-commerce global vai crescer mais de 50% até 2025, a Amazon, uma das líderes do setor, tem inovado para garantir que esse crescimento seja a seu favor. Considerando isso, no início da semana, a varejista anunciou seu “primeiro robô móvel totalmente autônomo”, destinado a mover grandes cargas nos centros de distribuição da empresa nos EUA.

O robô, chamado de Proteus, tem a capacidade de navegar com segurança em torno de funcionários humanos, ao contrário de outros modelos já amplamente usados pela empresa e que precisam de um espaço de trabalho confinado e longe de pessoas.

Segundo a empresa, o Proteus é uma máxima em “tecnologia de segurança do trabalho, percepção e navegação robótica”. Para demonstrar esse poder, a empresa fundada por Jeff Bezos divulgou um vídeo da máquina realizando algumas tarefas, possivelmente, usando um laser verde para se localizar espacialmente e para parar suas atividades quando um humano cruzar o caminho.

A empresa também anunciou outros sistemas robóticos. Um deles, chamado Cardinal, é um braço robótico que pode levantar e mover pacotes com peso de até 22kg, que a Amazon espera implantar nos armazéns no próximo ano.

A empresa informa que seus sistemas de visão computacional permitem escolher e levantar pacotes individualmente, mesmo que eles estejam empilhados.

Outra inovação é uma tecnologia que permite que os funcionários abandonem os escâneres manuais usados para ler códigos de barras. Em vez disso, entram câmeras que reconhecem as embalagens ao exibir a caixa em frente a ela.

Não há muitos detalhes sobre como funciona além de uma combinação de aprendizado de máquina e um sistema de câmera de 120 fps, mas o efeito é semelhante ao que já foi aplicado na tecnologia ‘Just Walk Out’ da empresa, que permite mercados sem atendentes e caixas.

Como costuma acontecer com qualquer nova tecnologia de robôs, existem possíveis preocupações trabalhistas. Apesar de relatos recentes de que a Amazon poderá em breve ter dificuldades para encontrar trabalhadores ao expandir os negócios, a empresa diz que não pretende construir robôs em vez de contratar pessoas.

Um líder da divisão de robótica da Amazon disse explicitamente à Forbes que “substituir pessoas por máquinas é apenas uma falácia” que pode levar uma empresa à falência. 

Por sua vez, a Amazon afirma que todos os seus novos robôs podem realmente ajudar a melhorar a segurança. A Cardinal opera em locais onde os trabalhadores levantariam e torceriam pacotes pesados, um movimento que pode causar ferimentos, e o Proteus poderia “reduzir a necessidade de as pessoas moverem manualmente objetos pesados”.

A empresa também está trabalhando em um robô que entregaria caixas aos trabalhadores.

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