Representantes do Grupo New Alliance participaram do seminário “Meu negócio sobrevive sem uso do BIM?”, que aconteceu no 3º dia do ENIC (Encontro Nacional da Indústria da Construção) debateu quais os benefícios da ferramenta que gera modelos de informação, e como está sua difusão no Brasil.
Até quando as empresas viverão sem o BIM? Essa inovação tecnológica chamada BIM veio para ficar. Ela permite fazer processos de construção que não são possíveis com o CAD, por exemplo. A adoção do BIM é uma decisão estratégica. Ninguém faz BIM por fazer BIM. Faz para reduzir custos, correr menos riscos, eliminar o retrabalho e ter obras com mais qualidade. Em breve, o padrão da indústria da construção será em BIM”.
As construtoras que já a utilizam passaram a usá-la como elemento diferencial no mercado imobiliário. “O BIM ajuda a projetar a operacionalidade da edificação quando ela estiver em uso. Isso possibilita às empresas apresentarem os empreendimentos para seus clientes, através de plantas virtuais que informam como aproveitar ao máximo a eficiência energética do prédio e fazer a manutenção da edificação”, afirma.
Mas no Brasil o acesso ao BIM ainda está limitado aos grandes escritórios de engenharia e de arquitetura e às megaconstrutoras. Não há dados concretos sobre como está a difusão da ferramenta no país. Algumas estimativas apontam que 2,5% da cadeia produtiva da construção já usa, teria utilizado ou pelo menos conhece a tecnologia. Para chegar aos números reais, a BIM Fórum Brasil, em parceria com o sistema Confea/CREA, prepara para 2022 uma ampla pesquisa sobre o uso da inovação no Brasil.
O BIM só será definitivamente incorporado pela construção civil nacional quando chegar às obras de infraestrutura. “A infraestrutura é a prioridade para a ferramenta. Atualmente, existem duas iniciativas concretas. Uma do DNIT, que lançou um programa de projetos em BIM para obras de arte especiais, e outra usada pelas empresas privadas que constroem linhas férreas. Conforme o BIM for se enraizando, ele também vai mexer com outros segmentos da construção, exemplo: muitas normas técnicas terão que ser revisadas”, informa.
“O primeiro passo é usar o BIM como instrumento de redução de erros construtivos. O segundo é utilizá-lo para gerar o cronograma da obra e o orçamento. Não adianta querer usar todo o potencial da ferramenta de uma vez só. Existe um processo de evolução”.