Em 7 de setembro de 2022, o Brasil comemora o bicentenário de sua independência. A reabertura do Museu do Ipiranga, que passa por restauração, vai coincidir com a data. As obras no edifício de 125 anos encontram-se 70% concluídas. A execução atua em duas frentes: restauro e ampliação, que fará o prédio sair dos originais 6.600 m² para 12.400 m² de área construída.
Originalmente, o Museu do Ipiranga foi concebido pelo arquiteto italiano Tommaso Gaudencio Bezzi, que pretendia que a edificação abrigasse uma escola de arquitetura. As obras começaram em 1885 e foram concluídas em 1890, mas somente em 1895 foi decidida qual seria a finalidade da construção: transformá-lo no museu que perpetuaria a memória da Independência do Brasil.
O prédio é a primeira grande edificação de São Paulo erguida em alvenaria estrutural, com tijolos cerâmicos. Seu desenho arquitetônico foi inspirado nos grandes edifícios acadêmicos europeus do século 19, como o Reichstag de Berlim, na Alemanha, e a Universidade de Viena, na Suíça.
Com a restauração do museu, a expectativa é que ele receba cerca de 1 milhão de visitantes por ano. O investimento total nas obras é de 210 milhões de reais, dos quais 170 milhões de reais foram captados junto à iniciativa privada. O valor investido pelo governo de São Paulo é de 19 milhões de reais, enquanto a Fundação de Apoio à USP injetou mais 11 milhões de reais na recuperação do prédio.