Em Eindhoven, na Holanda, um conjunto habitacional para casais da terceira idade foi projetado para ter predominantemente residências construídas com impressão 3D em concreto. As primeiras 5 casas foram entregues no final de abril de 2021. Na Califórnia, nos Estados Unidos, um bairro sustentável terá apenas casas viabilizadas com a tecnologia 3D em concreto. Na Alemanha, o mercado imobiliário já constrói com impressoras 3D. O mesmo acontece no estado do Texas, nos EUA. E no Brasil?
O país ainda engatinha na tecnologia. As iniciativas se restringem ao universo acadêmico. A melhor vem do Rio Grande do Norte, onde estudantes de engenharia civil da Universidade Potiguar (UnP), em parceria com pós-graduados da UFRN, construíram a impressora e viabilizaram uma casa-protótipo de 66 m² na cidade de Macaíba-RN. Praticamente acabam aí os exemplos. Para o engenheiro de estruturas Luiz Henrique Ceotto, isso se deve ao fato da construção civil brasileira ainda estar fortemente atrelada a processos artesanais. Por causa da velocidade na construção, a impressão 3D em concreto está se revelando também uma tecnologia adequada para se combater o déficit habitacional.
No estado de Tabasco, uma das regiões do México mais vulneráveis a abalos sísmicos, 50 casas foram construídas para atender famílias carentes e outras 200 estão em fase de planejamento. A vila escolhida para o projeto tem média per capita de 3 dólares por dia – cerca de 90 dólares por mês ou aproximadamente 500 reais.
O plano tem à frente a ONG chamada New Story, a qual pretende expandir a construção de casas impressas em 3D para outros países da América Latina, inclusive o Brasil. A meta sempre é substituir as obras precárias de favelas e palafitas por residências que combinem durabilidade e sustentabilidade, virtudes incorporadas na tecnologia 3D em concreto.