A cidade de Uberaba-MG deu um importante passo para seu desenvolvimento e incentivo à inovação em agosto. O Parque Tecnológico da cidade foi sede de uma reunião em que o prefeito Paulo Piau entregou a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), e ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), documento requerendo a implantação de Unidade Mista de Inovação, Pesquisa e Transferência de Tecnologia da Embrapa no Município.
O presidente da Embrapa reconheceu a importância de Uberaba para o desenvolvimento da agricultura brasileira. “Uberaba com certeza, como capital do agronegócio pode fazer muito pelo país é só ajustar esse processo contando com o apoio do Ministério. A Embrapa tem uma quantidade enorme de terras no Brasil que nós queremos rentabilizar, nós queremos transformar esse ativo imobiliário em recurso para pesquisa”, concluiu Moretti.
Investir em polos de inovação é importantíssimo para o desenvolvimento de uma cidade, sendo responsável pela atração de empresas, instituições de ensino e, consequentemente, mão-de-obra qualificada. No entanto, para o desenvolvimento de um polo tecnológico, é preciso muito mais do que somente investimento. Um ambiente de inovação e empreendedorismo também depende de um conjunto de elementos que englobam uma interação entre universidades, investidores e toda a malha urbana.
O Parque Tecnológico está dentro de um conceito claro que o transforma em alicerce na atração de instituições e estabelecimento de regras, práticas e normas que permitam investimentos em uma ampla variedade de capacidades e ativos. “Dessa forma os investimentos podem ser efetivamente protegidos e alavancados em benefício da economia. Para isso, incluem-se leis, mecanismos para proteção dos direitos de propriedade, instituições financeiras, abertura para novas ideias e facilidade para fazer negócios, ou seja, está alinhado com o conceito de Ecossistemas de Inovação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge, Estados Unidos – um dos mais importantes polos tecnológicos do mundo”.
Outra questão exemplar no caso de Uberaba, foi o fato do Parque Tecnológico trabalhar com o conceito de distrito de inovação “É importante que o Parque seja entendido como área geográfica dentro da cidade e integrado à área urbana, contendo instituições âncoras de vanguarda e clusters de empresas que conectam-se com startups, aceleradoras e incubadoras”.
Nesses espaços colaborativos, empreendedores podem ter acesso a vários recursos, desde assessoria jurídica até sofisticados equipamentos de laboratório. “Em resumo, trata-se de um ambiente fisicamente compacto, tecnologicamente conectado (technically-wired) e de fácil acessibilidade (walkable design e transit-accessible).
Construído em uma área superior a 15 milhões de m², o Parque Tecnológico faz parte do Programa Inova Uberaba, que visa transformar Uberaba em uma das principais cidades tecnológicas do País. Criado por lei municipal e apoiado por uma ampla rede de parceiros, seu objetivo é formar um ambiente de sinergia, dinâmico e inovador, que integre empresas, universidades, centros de pesquisa e governo. Biotecnologia, Tecnologias da Informação e Comunicação, Energia e Agronegócio são as principais áreas de atuação. Abriga importantes Universidades e Centros de Pesquisas, está próximo a grandes empresas nos Distritos Industriais e possui entorno com 3 milhões de m² de áreas verdes preservadas.
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