De acordo com o boletim mensal da B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), os FIIs (fundos de investimentos imobiliários) estão próximos de atingir a marca de 1 milhão de investidores. Enquanto isso, o volume de ofertas públicas já chega a R$ 13 bilhões neste ano, o que representa 56,5% do total de 2019.
Se o ritmo for mantido, os investimentos em 2020 devem se igualar aos do ano passado. Considerando o ano atípico por conta da pandemia e da crise econômica, trata-se de um resultado positivo para esta modalidade de investimento, até porque o volume de ofertas públicas em 2019 havia dobrado em relação ao ano anterior.
Quanto ao número de ofertas, já são 37 neste ano, 52% do total de 2019. Uma vez comparada à variação no volume, nota-se se que as captações por oferta têm sido maiores em 2020.
Patrimônio líquido e valor de mercado
O estudo também revela o patrimônio líquido dos FIIs, porém do mês de junho. Na ocasião, o indicador voltou a crescer, chegando a R$ 105 bilhões. Isso porque, após 11 altas consecutivas, o mês de maio registrou queda. Em relação aos 11 meses anteriores, o aumento no patrimônio líquido é de quase 63%.
Enquanto isso, o valor de mercado apresentou a quarta alta consecutiva em junho, chegando a R$ 100 bilhões. A quantia se aproxima do patamar atingido em dezembro do ano passado, assim como nos dois meses seguintes. Desde julho de 2019, o aumento é de 62%, semelhante ao do patrimônio líquido.
Investidores
Segundo a B3, os FIIs atingiram a marca de 957 mil investidores em julho, sendo 99,5% pessoas físicas. Vale lembrar que elas representam 68,7% do volume negociado no mês.
Somente este ano, houve aumento de 48%, o que pode estar relacionado com os consecutivos cortes na Selic, que diminuíram a rentabilidade de investimentos em renda fixa e vêm atraindo investidores para a renda variável.
Nesse cenário, os perfis mais conservadores muitas vezes alocam seus investimentos em fundos imobiliários, uma vez que se tratam de aplicações mais seguras, principalmente por atuarem na economia real e em um mercado sólido.
Indústria de fundos
Outro levantamento, realizado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), indica que, no geral, a indústria de fundos também vem apresentando recuperação.
Em julho, houve entrada líquida de R$ 63,7 bilhões, a maior captação líquida mensal de 2020. Com o resultado obtido, a indústria de fundos volta a apresentar resultado positivo de recursos no acumulado do ano, na ordem de R$ 62,2 bilhões.
Neste panorama, a classe multimercados, que registrou entrada líquida de R$ 23,4 bilhões em julho, voltou a ocupar a liderança com a maior captação líquida no ano, de R$ 59 bilhões. O fato não ocorria desde novembro do ano passado.
Já a classe ações teve captação líquida mensal de R$ 5,2 bilhões, o melhor resultado nos últimos quatro meses, e acumula entrada líquida de R$ 55,7 bilhões em 2020. Vale lembrar que a classe vinha liderando as captações no início do ano.
Enquanto isso, a classe renda fixa segue sendo a mais afetada no período da pandemia, movimento também relacionado com as quedas da Selic citadas anteriormente. De qualquer maneira, houve captação de R$ 35,4 bilhões em julho, o que diminuiu a saída de recursos em 2020 para R$ 57 bilhões.
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